domingo, 22 de agosto de 2010

Primeiro Socorros...


Já estou indo pra reta final nos preparativos da viagem, a bike já esta pronta, equipamentos e acessórios comprados, check-up médico ok. Agora estou montando o kit de 1º socorros, com os medicamentos não tão básicos assim. No Brasil podemos comprar qualquer remédio na farmácia, já na Argentina não é bem assim, só mesmo com receita médica. Estou levando antiinflamatórios, analgésicos, antialérgico, antibiótico, soro e até uma cola própria pra colar a pele em caso de corte. Aí vem as coisas básicas do kit, como luva, ataduras, fita, antisséptico e outras coisinhas mais.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Bagageiros para cicloturismo

BAGAGEIROS PARA CICLOTURISMO por Rodrigo Telles (junho/2010) publicado originalmente na Revista Pedal(http://www.revistapedal.com)

Foi-se o tempo em que para fazer uma viagem de bicicleta o cicloturista tinha que amarrar com elásticos as bolsas no seu bagageiro ou até carregar mochila nas costas. Alforjes e bolsas apropriadas para cicloturismo eram difíceis de se achar no Brasil antigamente. Nós inclusive, começamos a fabricar alforjes pela dificuldade de encontrarmos esse produto no Brasil. Hoje, já não são itens tão raros assim. Mas os bagageiros ainda são um obstáculo em algumas situações. É o caso, por exemplo, do bagageiro dianteiro ou de um bom bagageiro traseiro.

Em primeiro lugar, existe a pergunta: Alumínio ou Ferro? E a resposta para essa pergunta é inevitavelmente outra pergunta: Qual será a utilização do bagageiro? Vamos lá. O alumínio é um metal obviamente mais leve que o ferro. Porém durante muitos anos nos habituamos a ver bagageiros de alumínio quebrados por aí. Isso porque em geral, eles são projetados para uma carga máxima relativamente pequena como 18 ou 20kg, por exemplo.

Muitos cicloturistas carregam mais peso do que isto em viagens com acampamento. E além da questão do peso, existe a questão da resistência aos impactos e trepidação. Em grande parte das vezes que vimos bagageiros de alumínio quebrados foi em situações como quedas ou trilhas esburacadas, mesmo com pouca carga. E o pior é que às vezes é uma queda boba daquelas em que a bicicleta está apoiada no descanso e cai sozinha ou que o ciclista não consegue desengatar o pé do pedal e cai parado. Além disso, uma quebra por trepidação pode gerar uma situação potencialmente perigosa, por exemplo, numa descida rápida, onde a trepidação ocorre com muita intensidade.


Então, a primeira recomendação ao se usar bagageiros de alumínio, é manter a carga bem abaixo do limite estipulado. Se você faz viagens com pouca carga em roteiros com diversos pontos de apoio no caminho, consideramos que o alumínio pode ser uma boa opção. Mas, acreditamos que em algum momento esses bagageiros vão melhorar assim como aconteceu com os quadros de alumínio. Hoje já estão entrando no país alguns bagageiros de alumínio com aparência um pouco mais forte, porém ainda não estão há tempo suficiente para termos uma opinião formada.

Com relação ao ferro, como qualquer material, também está sujeito a quebrar, mas temos visto menos bagageiros de ferro com problemas. E no caso de um bagageiro de ferro quebrado, em geral pode ser resolvido facilmente em qualquer núcleo urbano, seja uma pequena cidade ou até uma fazenda bem equipada. Assim, em geral para quem vai fazer expedições maiores com mais peso, e para lugares com menos estrutura temos recomendado este material. O ferro tem ainda uma grande vantagem: pode ser facilmente manipulado para fazer adaptações para cada caso. Como existem inúmeros tipos de quadros e infelizmente não existe muita padronização no mercado, muitas vezes a melhor solução é um bagageiro sob medida para sua bicicleta.

É sobre isso que queremos falar agora. O melhor bagageiro para servir de matéria prima para sua adaptação é aquele modelo mais comum do mercado, que custa cerca de R$15 e é encontrado em qualquer bicicletaria. Estamos falando daquele modelo com barras finas e maciças, não o modelo com barras ocas. O modelo com barras finas aceita bem as soldas e permite que suas barras sejam cortadas e entortadas. O mais difícil neste caso é achar um serralheiro que faça o serviço, pois em geral, por algum motivo, eles têm um pouco de restrição a serviços pequenos.
possível adaptação a partir de umbagageiro de ferro comum A grande premissa é evitar fixar o bagageiro nos blocantes, principalmente no eixo da roda. Em caso de ter de tirar a roda você acaba sendo obrigado a desmontar tudo, bagageiro, alforjes e etc. Por isso, na hora de comprar uma bicicleta, se puder opte sempre por um quadro que tenha os olhais (orifício com rosca) próprios para parafusar bagageiro. Mas se seu quadro não tem os tais olhais, não se desespere porque você pode resolver de outra maneira: abraçadeiras.


Algumas pessoas não gostam muito dessa solução pois dão uma cara de solução provisória para o problema. Mas o fato é que se você fizer um trabalho bom, muito provavelmente não vai ter dor de cabeça com isso. Nós já rodamos anos seguidos com bagageiros dianteiros presos ao garfo por abraçadeiras. Nesse tempo todo carregamos abraçadeiras reserva, mas felizmente não foram necessárias. Parece que o segredo neste caso é distribuir bem o peso, usando mais pontos de apoio no quadro ou no garfo. E só pelo fato de a roda sair livremente sem ter que tirar o bagageiro já compensa. Se realmente você se interessou pelo assunto e está pensando em projetar seu próprio bagageiro, pense em instalar nele também um cotovelo traseiro que tem a função de impedir que seu alforje entre na roda. Bagageiros próprios para cicloturismo já vêm com esta solução de fábrica.


Sobre bagageiros dianteiros, que praticamente não existem no país, nossa opinião é a seguinte. Não gostamos muito de usar bagageiros baixos demais. Alguns modelos encontrados no exterior que são projetados prioritariamente para o asfalto tendem a deixar o centro de gravidade mais baixo colocando o alforje dianteiro no centro da roda. Porém, para situação de trilhas e estradas de terra com mais obstáculos, isso pode ser perigoso, pois o alforje pode bater ou até enroscar em alguma pedra ou galho no chão. Em algumas situações pode até bater numa guia e gerar um acidente. Então a solução que usamos é parecida com o alforje traseiro. bagageiro dianteiro com 5 pontos Partimos do mesmo tipo de bagageiro para adaptá-lo na dianteira. Além da vantagem dos alforjes não ficarem tão baixos, você ainda pode aproveitar o espaço de cima do bagageiro para prender alguma bagagem, por exemplo um saco de dormir. Aqui também, para cada tipo de suspensão ou garfo tem-se que bolar a solução. Quando há os olhais, procure usá-lo e quando não há, procure utilizar quatro pontos de apoio nas canelas e um no arco superior (ilustração).

Algumas pessoas nos perguntam se não existe prejuízo para a suspensão em instalar um bagageiro nela. Realmente suspensões não foram projetadas para receber esse tipo de carga, por isso quem instala um bagageiro dianteiro nela deve estar ciente disso e assumir possíveis riscos. Nós temos usado esse sistema em várias viagens e até hoje não tivemos nenhum problema. É claro que sempre é importante optar por uma suspensão de boa qualidade, e neste caso ainda mais.


Na verdade, a grande função de instalar um bagageiro na frente é fazer uma melhor distribuição do peso da bagagem. Isso passa ser mais significativo quando você está com uma carga total acima de 15 a 20kg. Com este peso todo só atrás, a bicicleta começa a perder estabilidade principalmente em subidas e obstáculos. Isto é, a dianteira começa a empinar e perder o contato com o solo involuntariamente. Como reflexo disso, o ciclista tem a tendência de inclinar o corpo para frente para compensar, e acaba ficando numa posição bastante desconfortável para o cicloturismo. O engraçado é que quem não usa não sente falta, mas quem começa usar geralmente costuma virar adepto, vale a pena pelo menos experimentar.


Recomendações:

Reforce as soldas. Os bagageiros de ferro em geral vem com soldas pobres, não custa dar uma garantida.

Planeje bem como ficará o resultado final e só então comece a cortar e entortar as barras.

Projete o bagageiro de forma que a parte superior fique na horizontal, evitando que a bagagem ou os alforjes tenham a tendência de deslizar.

Utilize uma proteção de couro ou plástico se for usar abraçadeiras no quadro.

Faça uma revisão periódica das soldas e dos parafusos do seu bagageiro. É importante verificar os parafusos pelo menos uma vez por mês, pois não é tão raro de eles perderem o aperto.

Passe uma demão de zarcão e tinta especial para metal com objetivo de evitar corrosão, principalmente nas soldas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Cicloturismo no Brasil...


O que é Cicloturismo?

É turismo de aventura praticado em bicicleta, proporcionando ao turista o conhecimento de novos horizontes e locais aprazíveis, exercendo atividade ecológica e saudável por caminhos de seu próprio desejo, conhecendo pessoas e culturas diferentes.
Esta modalidade de turismo vem aumentando rapidamente nos últimos anos no Brasil, influenciado principalmente pela difusão do mountain bike nascido nosEUA nos anos 90, e da cultura européia de viajar em bikes.
Esta prática está sendo também favorecida pela criação de roteiros pré estabelecidos e planilhados em todas regiões do país, tais como o circuito Caminho da Fé, Chapada Diamantina, Vale Europeu, entre outros, que são cada vez mais explorados por aventureiros brasileiros e estrangeiros, bem como por companhias de turismo especializadas em pacotes que contemplam este tipo de aventura, juntamente com lojas especializadas, cada vez em número maior, também estimulam os aventureiros a fazer cada vez mais novos roteiros.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Viajando acompanhado dos amigos...




Quando fiz o Projeto da volta a Santa Catarina, meu amigo André saiu junto comigo de São Bento do Sul, e, infelizmente o joelho dele teve uma "pane" em Monte Castelo. Como estávamos próximo da nossa cidade, chamamos o super Jean que fez o resgate do menino, ehehe. Ele até achou que eu ia parar junto, mas pensei e fui em frente. Foi uma viagem muito boa, a paisagem dos campos de Lages é de tirar o fôlego, sem falar da descida da Serra do Rio do Rastro que foi o ponto alto.
Nessa viagem, Rumo ao Pacifico, eu saio de São Bento do Sul com o meu amigo Daniel, que vai até Porto União, de Porto União tem mais um amigo que gostaria de ir junto até Uruguaiana. Já em Uruguaiana, o Daniel quer voltar a pedalar junto até o Chile. Tenho uns amigos e amigas que querem sair de Mendoza até Valparaiso. Esse será um dos trechos mais lindos do passeio, acho que é por isso que eles querem ir junto.
Fiz o projeto Rumo ao Pacifico pra pedalar sozinho, apenas para não ficar na dependência de alguém, tipo um leva uma coisa e o outro leva a outra... assim eu tenho que levar tudo o que vou usar. Então caso vc queira curtir uma boa pedalada e só dar um grito...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Idéia de uma aventura...


Comecei a pensar em fazer essa viagem a uns dois anos quando pedalei por 1080 km em SC e senti uma coisa muito boa em relação a liberdade que vc tem em estar sozinho. Isso é ruim, mas é bom ao mesmo tempo. Meus amigos sempre perguntam por que de uma viagem tão longa, minha resposta e sempre a mesma, como eu ainda não sou casado e não tenho filhos essa é a minha chance de fazer uma coisa meio extrema.
Vou viajar por BRs, e é claro que isso tem muitos riscos mas, acho que preciso fazer isso pra ver se me acho no universo antes de ficar mais velho, eheh.
Tenho uma empresa de turismo de aventura e vou aproveitar a viagem pra divulgar a nossa região, e como diz o ditado, vou matar dois coelhos em um só golpe.
São 3000 km e 40 dias de viagem, meu projeto é ir de São Bento do Sul a Valparaiso no Chile, mas se eu chegar ao meu objetivo com saúde e dindin quero fazer a rota austral, que corta o Chile... mas essa é uma segunda historia, ehehe. Primeiro tenho que chegar lá.... e vou chegar!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que comer...




A minha aventura será sempre por rodovias, então quase sempre vai ter um local aonde eu posso repor a comida consumida, digo pão e banana, ehehe. Brincadeira.... não vou levar só isso. Uma coisa que não pode faltar é miojo com feijão e também vou levar uma comida desidratada. Essa comida é muito usada por quem curte uma aventura e não quer levar peso. www.liofoods.com.br

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Custo de uma viagem...







Dizem que viajar de bike é barato.... não muito. Quando é uma viagem organizada, como a minha, tive que dar um jeito de levantar dinheiro, fazendo uma rifa e vendendo umas camisetas aos amigos e clientes do parque. Caso queira ajudar, eu fico feliz, ehehe. Pra fazer uma viagem de bike é bom pensar em tudo que pode precisar caso de algo dê errado, tipo sua bike quebrar, um pequeno acidente, ou cansaço. Aí vc não vai condenar a viagem.

domingo, 1 de agosto de 2010

Meio de hospedagem





Bom, na minha viagem estou levando todo o equipamento de camping, no projeto coloquei como principal meio de hospedagem pousada e hotel barato. Como e uma pedalada meio longa e tudo pode acontecer: uma quebra de bike, cansaço um lugar muito lindo.... ai e só montar a super barraca nepal da Azteq www.azteq.com.br que é muito leve (1,9kg). Essa barraca é bem legal porque da até pra guardar a bike na varanda.