sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Antes de comentar sobre a volta vale comentar um pouco a parte menos bela de Ushuaia. Por se tratar de uma cidade portuária têm bairros nada agradáveis aos olhos. Além disso, a dificuldade e perigo das estradas de “ripio”, um tipo de brita com pedras redondas que cobre quase 200 km do trecho, torna o destino menos recomendável.

No retorno de aproximadamente 5.500 km fizemos somente uma parada para dormir, em Puerto Madryn, lá aproveitamos para visitar a área de preservação da Península de Valdes. Onde pudemos observar leões marinhos e pingüins.

Um dos leões marinhos que estava próximo da cerca e parecia morto, depois vimos que ele estava respirando. As estradas na península eram bastante traiçoeiras, dirigir lá é como se fosse sobre um monte de bolinhas de gude. Na volta encontramos um carro capotado e o motorista na estrada pedindo socorro, paramos para ajudá-lo e chamar resgate. Felizmente tivemos mais sorte que o garoto e voltamos para o Albergue em segurança.

Passamos a noite e tomamos a estrada. Depois de 42 horas, parando para comer e abastecer, fizemos os últimos 3.500 km. Deu tempo pra passar em São Miguel das missões, o que não nos tomou mais que 2 horas.
Na madrugada de quarta para quinta-feira já estávamos de volta a São Bento do Sul.
















segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Enfim Ushuaia

Deixamos El Chalten com destino a San Sebastian, divisa da Argentina com o Chile no extremo do cone sul. Nossa idéia era passar a noite por lá e seguir no outro dia para Ushuaia.


Chegando em San Sebastian descobrimos que não existe cidade lá, apenas os controles de fronteira e uma lanchonete com posto, pensamos em seguir até a cidade Rio Grande para encontrar um albergue. Para nossa surpresa os hotéis em Rio Grande ou eram muito caros ou estavam lotados. As 23:30 desistimos de procurar vaga e seguimos os outros 200km que faltavam para Ushuaia.


Chegamos às 5:30 da manhã ao "fin del mundo" como eles mesmo designam a cidade.


A impressão não foi tão boa quanto esperada, visitamos algumas hospedarias até achar um local adequado. Vale indicar o Hostel La Posta, o melhor que pegamos na viagem e bem barato.


No mesmo dia fomos até o Glaciar Martial.


Passamos mais uma noite ao volante e agora já estamos em Puerto Madryn retornando pra casa.
































sábado, 22 de outubro de 2011

Puerto Varas - El Chalten

Deixamos Pukón e fomos para Puerto Varas, que segundo um guia que conhecemos na escalada ao Vulcão Villa Rica, é muito mais turística e aconchegante que Puerto Mont. De fato a cidade não deixou a desejar, muito bonita e acolhedora com arquitetura germânica com o Vulcão Osorno ao fundo de sua paisagem.







Aproveitamos a noite para comer uma pizza e receber informações sobre as estradas que nos aguardavam. Com as palavras o garçom do restaurante: "Eu sei que o ônibus passa, então vocês também devem conseguir passar."



Chegamos a primeira balsa, tivemos que aguardar em torno de 45 minutos para embarcar, mas ao ver a fila achamos que seria muito mais, apesar das belas imagens o lugar não era tão agradável assim.



Após cruzar o primeiro trecho de balsa enfrentamos outros 61 km de estrada de terra para chegar a Hornopirén e descobrir que de lá a barca parte apenas uma vez ao dia e no nosso dia ela já tinha partido. Para não perder a viagem, almoçamos um delicioso salmão regional e retornamos.






Ao retornar e retraçar a rota nosso destino era Bariloche, cidade muito atingida pela erupção do vulcão Puyehue em junho deste ano. Nesse caminho vimos ao longe outro vulcão expelindo fumaça, a princípio achamos que era o próprio Puyehue, lendo sobre isso entendemos que tratava-se de um do mesmo complexo. Serra abaixo passamos por um que parece ter entrado em erupção recentemente. Tudo ainda estava coberto de cinzas, as florestas todas com uma única cor, as cinzas acumuladas ao lado da estrada chegavam a medir mais de 40 cm.







Em Bariloche conseguimos uma oficina para verificar um barulho estranho na roda do carro, felizmente era apenas uma molinha solta, nada sério.



Apesar de muito bonita a cidade ainda esta coberta de cinzas, é difícil respirar ao caminhar pelas ruas, todos os lugares parecem cobertos de areia. Pelo menos por isso os hotéis estavam cheios de vagas.




De Bariloche a El Chalten o trecho foi longo, revezando 2050km cumpridos em 26 horas.









Em El Chalten para desfrutar de todos os benefícios da cidade, encravada no meio das montanhas geladas, o grupo achou por bem se dividir em dois.

A metade mais campeira foi explorar uma trilha até a Laguna del Torre, enquanto a outra metade preferiu o aconchego do Albergue.

Nosso guia sherpa emocionou-se ao rever o ambiente quase inóspito onde viveu por um mês no ano passado.

A trilha de 11km foi percorrida em 1:30, chegamos ao albergue as 21:35 onde nossos colegas nos aguardavam com ansiedade para o jantar e troca de experiências, quem não foi pela trilha pelo menos pode curtir as fotos.








segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vulcão Villa Rica

No dia 16 de outubro de 2011, fomos escalar o Vulcão Villa Rica.
Alugamos os equipamentos necessários um dia antes, na hora que fomos retirar o equipamento o guia falou que haveria fiscalização no local e que não poderíamos seguir sem um guia autorizado.
Confiando na experiência do nosso Sherpa decidimos nos arriscar.
Chegando a base da montanha a fiscalização perguntou se iríamos tentar o cume. Pela astúcia do sherpa Alexandre informamos que iríamos apenas tirar algumas fotos na base. Com a entrada autorizada nos infiltramos com o pessoal das outras expedições e começamos a ascensão.
Os fracos subiram uma parte de teleférico, nós, bravos, enfrentaram a neve desde o início. Levamos quase uma hora para passar por esta parte, já no ínício tivemos que acoplar os crampons nas botas pois a neve estava muito dura. Tivemos a preocupação de sempre seguir um grupo autorizado para evitar maior estresse.
A subida tornava-se cada vez mais íngrime e mais pesada.
Não estavamos preparados para uma caminhada tão longa, esperávamos subir o vulcão em aproximadamente 2 horas. Finalmente depois de 5 horas de muito pelear chegamos ao cume.
Não tínhamos mais água nem comida, mas a imagem pagava pelo esforço, o tamanho da cratera é impressionante. Como o vulcão continua ativo, os gases não nos permitiram permanecer lá por muito tempo.
A descida ainda reservava grande aventura. Descemos fazendo ski-bunda, com um reforço amarrado a cintura tipo um fraldão, íamos escorregando pela neve. Muito divertido.
Chegamos em casa pelas 17 horas exaustos, com fome, a tarde morreu ali mesmo, levantando somente na manhã de hoje.































































Essa foi uma grande vitoria, parabens Marion...













Estamos muito grato ao nosso Sherpa (Alexandre)